9 de Maio- Dia da Europa
A comemoração de determinadas efemérides servem para nos relembrar, à medida que o tempo passa, da importância que determinados acontecimentos, que de outra forma cairiam no esquecimento, e que, no entanto, são de extrema pertinência.
Neste dia em que se comemora o dia da Europa, relembramos mais uma vez a afirmação de Robert Schuman, o mentor de todo o processo que conduziu à criação da União Europeia:
"A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores à medida dos perigos que a ameaçam.A contribuição que uma Europa organizada e viva pode dar à civilização é indispensável para a mauntenção de relações pacificas. A França, ao assumir -se desde há mais de 20 anos como defensora de uma Europa unida, teve sempre por objectivo essencial servir a paz. A Europa não foi construida, tivemos a guerra.A Europa não se fará de um golpe, nem numa construção de conjunto: far-se-à por meio de realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto."
Continuamos a relembrar os motivos que levaram os países a associarem-se, os vários desafios que continuam a enfrentar, o sentido da verdadeira “cidadania europeia”.
Se atendermos à simbologia presente em todos os emblemas da União Europeia, desde a bandeira, passando pelo hino, até ao símbolo do euro, os ideais de união entre os povos, harmonia, estabilidade...estão presentes em todos eles.
Os novos desafios que se colocam exigem respostas cada vez mais complexas, como é o caso dos novos alargamentos, que acabaram por integrar países cultural e economicamente diversos, o chumbo da proposta de uma Constituição Europeia comum, as negociações para a adesão da Turquia e os problemas internos de países que são considerados o “ motor da Europa” como é o caso da França e da Alemanha...cabe aos líderes arranjarem estratégias que permitam ultrapassar as dificuldades, gerir as diferenças e construir uma organização com bases cada vez mais sólidas.
Portugal, é um país membro desta organização desde 1986 e, apesar dos erros cometidos, crescemos em termos económicos, sociais, culturais..., temos vindo a abandonar a posição de “país periférico” com que sempre fomos rotulados e a consolidar plenamente o sistema democrático, afirmando-nos cada vez mais como “cidadãos europeus” de plenos direitos.
Luísa Coutinho
Professora de Geografia